segunda-feira, 20 de junho de 2016

Trabalho-Ex.Resolvidos-1

Ex-01
Um ponto material de 20 kg desloca-se numa trajetória retilínea, sem atrito, sob a ação de uma força F de direção paralela à trajetória e passa por uma marca A na trajetória, com velocidade vA = 72 km/h. Atinge uma marca B distante de A, 50 m, com velocidade vB = 108 km/h e aceleração escalar constante. Qual o trabalho da força F entre os pontos A e B? Despreze ações de atrito.


Solução

Pela equação de Torricelli, vamos calcular a aceleração:


Pela equação fundamental da dinâmica, vamos calcular a F:





Ex-02
Um móvel sai do repouso pela ação da força F = 12 N constante, que nele atua durante 4 s, em trajetória retilínea e horizontal, sem atrito, e o móvel caminha 20 m. Determine: A) a aceleração adquirida pelo móvel; B) a massa do corpo; C) o trabalho da força F nos quatro primeiros segundos; D) a velocidade do corpo após 4 s.

Solução

A) Pela equação da velocidade:

Pela equação de Torricelli:

Substituindo (1) em (2):


B) A massa do corpo:


C) Trabalho da força F:


D) Velocidade após 4 segundos:



Ex-03
Um corpo a 90 km/h  vê um obstáculo à sua frente, à distância de 125 m e freia com retardamento constante. A) Qual o menor valor de retardamento (em m/s²) para não se chocar com o obstáculo; B) Se a massa do carro é 500 kgf, qual o trabalho da força de frenagem desde o início da frenagem até o instante final?

Solução

A) Calcular a desaceleração utilizando a equação de Torricelli:

B) Força de frenagem:



Ex-04 (EPUSP)
Um corpo de massa m = 500 kg partindo do repouso em A, percorre a trajetória ABCDE situada num plano vertical.  A força F, que atua sobre  móvel, mantém-se sempre paralela à velocidade do corpo e assume valores diferentes em cada trecho da trajetória, de tal forma que o trecho AB é percorrido com aceleração constante de 0,18 m/s²; os trechos BC e CD são percorridos com movimento uniforme; a partir do ponto D a força F se anula. O coeficiente de atrito em toda a trajetória é μ = 0,10. Admita g = 10 m/s². A) Em que trecho a força F é maior que a força de atrito? B) qual a distância DE = x que o corpo percorre até parar? C) Qual o trabalho da força F ao longo da trajetória?


Solução

A) No trecho AB a força F é maior que a força de atrito, pois o corpo se movimenta com aceleração constante de 0,18 m/s² e no trecho CD porque compensa a componente do peso para que o movimento seja uniforme.

B) Cálculo da distância x:
Vamos calcular a velocidade no ponto B, pois, a partir deste ponto a velocidade é constante até o ponto D.

Por Torricelli:

No trecho DE só existe força de atrito e esta força está contra o movimento, portanto, para calcular a desaceleração, tem-se:


Novamente, por Torricelli:


C) O trabalho da força F em todo o trecho é igual ao trabalho no trecho AB + trecho BC + trecho CD:

No trecho AB: 

No trecho BC:

No trecho CD:



No trecho DE:
O trabalho da força F é nulo, pois, a força F neste trecho é zero.

Trabalho total da força:



Ex-05
Um barco a vela tem massa igual a 200 kg e está parado num lago de águas tranqüilas. A vela do barco é de forma triangular com base igual a 2 m e altura 4 m. Começa a soprar o vento em direção normal à vela exercendo uma pressão uniforme de 0,2 N/m², movimentando o barco em linha reta. Após 5 minutos o barco choca-se com rochedo. Determine a distância d entre o barco e o rochedo, quando iniciou o movimento do barco e o trabalho da força de pressão do vento nesse deslocamento. Lembre-se de que pressão é igual a força pela área.

Solução


Pela equação fundamental da mecânica:

Pela equação horária do barco:

O trabalho da força do vento:




Ex-06
Um corpo move-se numa trajetória retilínea sob a ação de uma força F paralela à trajetória. Despreze o atrito. O gráfico de sua velocidade em função do tempo é apresentado na figura. Se a massa do corpo é 0,5 kg: A) em que trecho o movimento é uniforme? B) em que trecho o movimento é retardado? C) qual a intensidade da força F em cada trecho do movimento? D) qual trabalho da força F em cada trecho do movimento?
Solução

A) No trecho 4 a 10 segundos o movimento é uniforme.

B) No trecho 10 a 16 segundos o movimento é retardado.

C) A aceleração é a inclinação da reta em cada trecho, portanto:

No trecho 0 a 4 segundos, a aceleração é a = 4/4 = 1 m/s², logo a força é: F=m.a então, F=0,5.1=0,5 → F = 0,5 N

No trecho 4 a 10 segundos, a aceleração é nula, pois, a velocidade é constante (MU), logo,  F=0    

No trecho 10 a 16 segundos, a aceleração é a = - 4/6 = - 0,67 m/s², logo a força é: F=m.a, então, F=0,5.(- 0,67)= - 0,33 → F = - 0,33 N

D) A área sob a curva em cada trecho é igual ao espaço percorrido, portanto:

No trecho 0 a 4 segundos: ∆s = 1/2.4.4 = 8 m, logo o trabalho W = F.∆s = 0,5.8 = 4 joule

No trecho 4 a 10 segundos o trabalho da força é nulo, porque a força é nula.

No trecho 10 a 16 segundos: ∆s = 1/2.6.4 = 12 m, logo o trabalho W = - F.∆s = - 0,33.12 = - 3,96 joule




Ex-07
Um carro de massa 500 kg move-se sem resistências dissipadoras em trajetória retilínea O gráfico da força motora, na própria direção do movimento, é representado na figura. Determine: A) no percurso de 0 a 600 m o trabalho da força motora; B) aceleração do carro quando passa pelo ponto a 400 m da origem.
Solução

A) O trabalho da força motora no percurso de 0 a 600 m é igual à área sob o gráfico:

A área do trapézio é igual ao trabalho.

B) A aceleração do carro, quando passa pelo ponto 400 m da origem:

A força é constante entre os trechos 100 a 500 metros da origem e tem o valor de 800 N.  Portanto, a força resultante neste trecho é 800 N. Logo:


Ex-08
A figura abaixo mostra um conjunto de polias usado para facilitar o levantamento de
um peso P. Suponha que o atrito seja desprezível e que as duas polias de baixo, às
quais está presa a carga, pesem juntas 20 N . Uma carga de 840N deve ser levantada 12 m .
a) Qual a força mínima F necessária para levantar a carga?
b) Qual o trabalho executado para levantar a carga até a altura de H = 12m ?
c) Qual o deslocamento da extremidade livre da corda?
d) Qual o trabalho executado pela força F para realizar esta tarefa?
Solução
a) Calculando a força mínima F necessária para levantar a carga.

Ao puxar a corda exercendo a força F, executaremos um certo trabalho W. Ao elevar o peso P , o conjunto de roldanas executará, também, um certo trabalho. Esses dois trabalhos serão iguais, pois a energia em questão é aquela que fornecemos ao atuar com a força F. A força mínima que o conjunto de roldanas deve fazer atuar sobre o corpo para elevá-lo com velocidade constante de uma altura H é igual ao peso do corpo, logo:
W = P.H

Para elevar o corpo de uma altura H, deveremos puxar a corda ( com F) de um comprimento L , logo:
W = F.L

Como esses trabalhos são iguais, tem-se:

Por analogia com outros tipos de arranjos de roldanas, descobriremos qual é a relação entre H e L deste problema. 

No arranjo mais simples (Fig-a), o da esquerda da figura anterior, temos 1 corda e um tirante. No arranjo seguinte (Fig-b) temos 2 cordas e um tirante e no terceiro arranjo (Fig-c) temos 3 cordas e um tirante.

No caso do problema temos 4 cordas e um tirante.

Portanto, a força mínima deve ser de 215 N, para levantar a carga.


b) Calcular o trabalho executado para levantar a carga até a altura de H = 12m.

c) Calcular o deslocamento da extremidade livre da corda.

d) Calcular o trabalho executado pela força F para realizar esta tarefa.



Ex-09
Uma força única age sobre um corpo que está se movendo em linha reta. A figura a seguir mostra o gráfico da velocidade em função do tempo para esse corpo. Determine o sinal (positivo ou negativo) do trabalho realizado pela força sobre o corpo nos intervalos AB , BC, CD e DE.

Solução

Trecho AB:
Neste trecho a curva é uma reta, que passa pela origem, e, portanto, a
velocidade é uma função crescente do tempo até atingir um certo valor
v1, e tem a forma: v = a1 t

O movimento é unidimensional e a velocidade é crescente, logo a força atua na direção do deslocamento e desse modo:
Trecho BC:
Neste trecho a velocidade é constante v1 , logo a aceleração é nula e portanto a força resultante também é nula. Consequentemente o trabalho da força resultante será nulo: W(BC) = 0


Trecho CD:
Neste trecho a velocidade é decrescente, iniciando o intervalo com valor v1 e terminando com velocidade nula. A equação é do tipo: v = v1 + a2*(t - t2) onde a2 < 0. O movimento é unidimensional e a velocidade é decrescente, logo a força atua na direção contrária ao deslocamento e desse modo:

Trecho DE:
Neste trecho o corpo começa a recuar (voltar), com a mesma aceleração a2 do intervalo anterior: v = - a2 ( t - t3 ). O módulo da velocidade aumenta e ela assume valores negativos cada vez maiores. Ao contrário do item anterior, o corpo está sendo acelerado e temos força e deslocamento no mesmo sentido.


Ex-10
Uma arca de 50 kg é empurrada por uma distância de 6m , com velocidade constante, numa rampa com inclinação de 30º por uma força horizontal constante. O coeficiente de atrito cinético entre a arca e a rampa é 0,20. Adotar g = 9,8 m/s².

a) Calcule o trabalho realizado pela força aplicada.
b) Calcule o trabalho realizado pelo peso da arca.
c) Calcule o trabalho realizado pela força de atrito.


Solução

a) Cálculo do trabalho WF realizado pela força aplicada:

Como a arca se move com velocidade constante, a aceleração é nula e portanto:

Projetando a força peso nos eixos x e y, tem-se:




 b) Cálculo do trabalho WP realizado pelo peso da arca.

O peso se opõe ao movimento, portanto, WP < 0, logo:


c) Cálculo do trabalho realizado pela força de atrito.

A força de atrito, também, se opõe ao movimento, portanto, Wa < 0, logo:

Como o movimento realizado com velocidade constante, implicando que a força resultante do sistema é nula, logo o trabalho da força resultante é nulo.


Somente lembrando que o trabalho da Força Normal é nulo porque ela é perpendicular ao movimento (=deslocamento).





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