TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE
(Paralela ao deslocamento)
Seja (Fig-01) uma força
constante, paralela e de mesmo sentido que o deslocamento retilíneo AB
que o corpo efetua devido à ação do conjunto de forças que nele atuam. Se d é o módulo do deslocamento e F a
intensidade da força, definimos o trabalho T (letra grega “tau”) da
força:
Trabalho T da força constante F, paralela e de mesmo sentido que o deslocamento
retilíneo AB, é a grandeza escalar:
Se
a intensidade da força estiver em “newtons” e a distância em “metros”, a unidade de trabalho será “joule” ( J ).
A força que favorece o deslocamento do corpo é uma força FORÇA
MOTORA; seu trabalho é MOTOR e é POSITIVO (Fig-02).
Quando a força se opõe ao deslocamento é uma FORÇA
RESISTENTE; seu trabalho será RESISTENTE e
é NEGATIVO (Fig-02).
Exemplo
(Fig-03):
Se
abandonarmos um corpo, seu peso favorece o deslocamento: nesse caso é uma força
motora e seu trabalho positivo. Porém, se atirarmos um corpo para cima seu
deslocamento será para cima e o peso resistente, porque se opõe ao
deslocamento: seu trabalho será resistente e negativo.
(Resumo) Observamos que:
- Trabalho de uma
força;
- Trabalho num
deslocamento (entre 2 pontos);
- Trabalho é uma
grandeza escalar;
- Trabalho depende do
referencial;
- Trabalho pode ser positivo, ou negativo, conforme a força favoreça, ou se oponha ao deslocamento.
TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE (Não
paralela ao deslocamento)
É
fácil verificar que a projeção de F é igual a F*cosθ, basta aplicar as propriedades de trigonometria.
Portanto,
Fisicamente é correto, também, projetar o deslocamento na direção
da força (Fig-05) e aplicar, novamente, a definição de trabalho, pois, a força
e a projeção do deslocamento são paralelas.
OBSERVAÇÕES
Quando
a força F é perpendicular ao deslocamento AB, sua projeção (ou a projeção de
seu deslocamento) será nula: daí, seu trabalho é nulo. Assim, em um
deslocamento horizontal o peso e a reação normal do apoio têm trabalhos nulos
(Fig-06).
Analogamente, a força centrípeta tem trabalho
nulo, pois é sempre perpendicular ao deslocamento (Fig-06).
FORÇA PESO - UM CASO
NOTÁVEL
Seja AB um deslocamento vertical e “h”
o módulo do desnível entre A e B (Fig-07). Como peso P
é constante e paralelo ao deslocamento AB:
Se o corpo cai, o peso está a favor do deslocamento (Fig-08a)
e o trabalho é motor (positivo).
Se o corpo
estiver subindo, o peso tem sentido contrário ao deslocamento (Fig-08b)
e o trabalho é resistente
(negativo).
Se o corpo vai de A
até B
passando por um ponto C intermediário (Fig-09), projetamos o
deslocamento na direção do peso. Sejam
h1
a projeção vertical de AC e h2 a projeção vertical de CB.
Considere
agora (Fig-10a) uma sucessão de segmentos retilíneos AC, CD, DE, ..., XB de
A
até B.
Pelo mesmo raciocínio anterior sejam h1, h2, ..., hn,
as projeções verticais desses segmentos.
Se
a linha poligonal ACDE...B possuir um conjunto demasiadamente grande de
segmentos (Fig-10b) tenderá a uma curva. Porém, o trabalho do peso continua a
ser o mesmo. É INDEPENDENTE DA
TRAJETÓRIA
TRABALHO DO PESO
A)
Positivo quando o corpo desce;
B)
Negativo quando o corpo sobe;
C)
Nulo em deslocamento horizontal;
D)
Só depende do próprio peso e do desnível
entre a posição inicial e final;
E)
Não depende da forma da trajetória.
O Trabalho do peso é (P.h) não
depende da trajetória.
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